LilyPad



Como o blog não tem tido muitos posts sobre a tecnologia envolvida para criar projectos de wearable technology que envolvam hardware e componentes digitais, está na altura de fazer algumas actualizações que cubram este tema.

Começo por falar sobre o LilyPad Arduino, uma adaptação do Arduino convencional, já aqui referido, especialmente para a aplicação em tecidos e vestuário criado por Leah Buechley. É muito fino e pequeno (3mm de espessura e 50mm de diâmetro), mantendo quase todas as características do Arduino Diecimila, excepto a voltagem de alimentação permitida e o clock speed, que são menores.
Além disso, é lavável. Para cosê-lo a qualquer tecido, basta fazer passar a agulha com linha condutora pelos seus buracos várias vezes, de forma a obter uma ligação resistente. Contudo, deve ser cosido o mais próximo possível da fonte de alimentação, caso contrário, com a resistência da linha condutora, a electricidade da fonte de alimentação não será suficiente, levando o LilyPad a fazer reset inesperadamente. Contar ainda com o facto da linha condutora se tornar mais resistente à medida que se vai degradando.

Características do LilyPad Arduino
Micro-controlador: ATmega168
Voltagem de Funcionamento: 2.7 - 5.5V
Voltagem de entrada: 2.7 - 5.5V
Pins de entrada Digitais I/O: 14 (dos quais 6 fornecem saídas PWM)
Pins de entrada Analógicos: 6
Corrente continua por Pin I/O: 40 mA
Memória Flash: 16 KB (dos quais 2 KB são usados para bootloader)
SRAM: 1 KB
EEPROM: 512 bytes
Clock Speed: 8 MHz

Por não ter nenhuma ligação USB nem power jacket, são necessários alguns acessórios para alimentá-lo e ligá-lo ao computador ou a outros dispositivos.
Para alimentá-lo deve ligar-se uma fonte de alimentação com o máximo de 5.5V no contacto positivo do LilyPad, o ground da placa deve ser ligado ao pólo negativo da fonte de alimentação. Há que ter em atenção que se a potência for excedida ou a polaridade invertida, o dispositivo vai ser irremediavelmente estragado. Os contactos TX e RX servem para trocar informações com o computador ou comunicar com outros dispositivos.
Existe mais do que uma forma de ligá-lo ao computador, com o intuito de transferir dados ou alimentá-lo via USB. Pode comprar-se o acessório de USB criado especialmente para o efeito (Figura 2), ou usar um adaptador USB do Arduino (Figura 3), soldando os contactos positivo, negativo, tx e rx do adaptador a um jumper cable e ligando a outra ponta do cabo aos mesmos contactos do LilyPad.


Figura 2 – Ligação do LilyPad por USB através de um acessório USB criado para o efeito.


Figura 3 – Ligação do LilyPad por USB através do adaptador USB do Arduino.

No caso de já se ter um Arduino convencional, é possível usá-lo para o mesmo efeito (Figura 4). Basta remover o ATmega168 e usar “crocodilos” e jumper wires para ligar os quatro contactos do LilyPad aos correspondentes do Arduino, como no exemplo anterior, ligando então o Arduino ao computador por USB.



Figura 4 – Ligação do LilyPad por USB através de um Arduino convencional.

Existem ainda outros acessórios próprios para utilizar em conjunto com o LilyPad, como LEDs, sensores, dispositivos Bluetooth, botões, suportes para fontes de alimentação, entre muitos outros. Porém, podem usar-se componentes electrónicos normais em vez dos já preparados para o LilyPad. A forma de conectar os componentes é semelhante à já descrita.

Depois de terminadas as ligações físicas, há que fazer upload dos códigos construídos no software Arduino para o LilyPad. Para isso, escreve-se o código, compila-se e escolhe-se a porta série adequada. Depois, pressiona-se o botão reset do próprio LilyPad, carregando no botão de upload no software, logo de seguida. Estes dois passos devem ser feitos rapidamente.

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