Esta é a minha primeira experiência completa, que consiste na contrução de uma matriz de LEDs 3 x 3. Os LEDs são ligados em paralelo, em linhas e colunas, sendo que as linhas estão ligadas aos contactos negativos dos LEDs e as colunas (do outro lado do tecido) estão ligadas aos contactos positivos.
No vídeo vê-se como é possível controlar cada LED individualmente apenas com uma fonte de alimentação, ligando-a a cada linha e coluna. Agora falta conseguir fazer o mesmo de forma eficiente controlado pelo Arduino...
Experiência de matriz de LEDs (3 x 3) em tecido Etiquetas: processo de trabalho, tecnologia, wearable technology | 1 comentários»
terça-feira, 9 de dezembro de 2008 à(s) 03:09
A ideia desenvolvida Etiquetas: ideia, processo de trabalho | 0 comentários»
T-shirt – Identidade Visual – Comunicação – Wearable Technology – Arte Generativa – Auto-Conhecimento
Sinopse
Procura-se tirar partido das wearable technologies, particularmente das tecnologias digitais e electrónicas, para criar um projecto artístico que visa reflectir sobre a necessidade de auto-conhecimento. A t-shirt, encarada como um elemento importante na construção da nossa identidade visual, vê, neste trabalho, potenciada a sua capacidade de reflectir visualmente a identidade de quem a veste. Por isso, quando essa identidade é trocada com outros, cada indivíduo pode ver-se a partir de uma nova perspectiva que lhe permite adquirir um maior conhecimento de si mesmo e, talvez, conduz-se ao diálogo.
Apresentação da ideia/projecto a desenvolver
Este projecto pretende levar as pessoas a expressarem mais conscientemente a sua identidade visual, através da escolha de uma t-shirt com tecnologia digital e electrónica incorporada. Cada t-shirt apresenta não apenas uma imagem gráfica, mas uma animação (construída visualmente com uma matriz de LEDs, e portanto luminosa), na parte da frente, que pode ser alterada dinamicamente. Essa animação está inserida num elemento gráfico maior, uma imagem fixa também na frente da t-shirt.
Ao escolher uma t-shirt em vez de outra, a pessoa está a mostrar a sua preferência, a optar por uma t-shirt que irá causar a primeira impressão que os outros terão de si, enquanto a tiver vestida. A animação que está nessa t-shirt identifica a pessoa, faz parte da sua identidade visual.
Quando duas pessoas com t-shirts deste projecto se cruzarem, as suas identidades visuais animadas trocam, fazendo com que cada pessoa veja incorporada na t-shirt do outro uma parte da sua identidade visual. Como é somente a parte animada da t-shirt que se altera entre as duas t-shirts, a identidade visual da pessoa insere-se melhor ou pior no restante aspecto gráfico (identitário) da t-shirt do outro. Isso permite às pessoas observar-se a partir do outro, como num espelho um pouco alterado. Estão a ver uma parte que as simboliza e faz parte delas no exterior, incorporada dentro da identidade visual de uma pessoa externa. Essa segunda pessoa “espelha” a primeira, com as alterações provocadas pela sua própria identidade. Assim, o primeiro indivíduo adquire uma nova visão de si mesmo, visto através dos olhos de outra pessoa, melhorando o seu auto-conhecimento. A troca de identidades é temporária, sendo que, passado algum tempo, cada um volta a exibir a sua própria identidade, mantendo a sua capacidade de a voltar a trocá-la com outros.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008 à(s) 18:48
O papel do vestuário na sociedade Etiquetas: processo de trabalho | 0 comentários»
O vestuário tem duas funções principais e complementares na nossa sociedade. A função material, relacionada com a protecção e a modéstia e a função cultural ligada à comunicação. Todavia mesmo as funções materiais têm uma implicação cultural visto que a forma como a roupa é usada para suprir essas necessidades depende de cada cultura.
Enquanto um objecto puramente material, uma peça de vestuário serve para responder às nossas necessidades de protecção e conforto. Segundo Flügel, citado por Barnard, “clothing protects the body from the cold, the heat, ‘accidents incidental to dangerous occupations and sports’ (Flügel 1930: 70-1), human or animal enemies, and physical or psychological dangers.”. Esses perigos psicológicos podem ser mágicos ou espirituais ou referir-se à sensação de conforto da nossa primeira infância, possivelmente recriada ao vestir a nossa roupa favorita.
à(s) 18:21
Ferramentas de trabalho Etiquetas: tecnologia, wearable technology | 0 comentários»
Existem alguns materiais de trabalho fundamentais quando se realizam projectos ligados à electrónica, mesmo os que estão relacionados com a inserção dos seus componentes em peças de roupa. Essas ferramentas são aqui mostradas, explicando-se a sua funcionalidade.
“Crocodilos”
Estabelecem uma ligação eléctrica temporária entre componentes electrónicos.
Fita isoladora
Serve para isolar cabos descarnados.
Multímetro
Dispositivo que mede a voltagem, intensidade e resistência eléctrica, entre outras coisas, num circuito eléctrico, ajudando a detectar eventuais problemas.
Ferro de Soldar
Usa-se para unir permanentemente componentes electrónicos.
Solda
Liga metálica que é derretida com o ferro de soldar, para unir os componentes electrónicos. Syuzi Pakhchyan recomenda a solda 60/40 rosin-core.
Placa perfurada (Perfboard)
Placa previamente furada, com ou sem traços de cobre, para prototipar circuitos. Nesta placa, é preciso soldar os componentes electrónicos. O seu funcionamento é muito semelhante ao da breadboard (ver abaixo).
Solderless Breadboard
Placa também usada para prototipar circuitos, ligando temporariamente todos os componentes electrónicos, sem soldar.
A placa tem o aspecto que podemos ver na Figura, sendo constituída por três zonas principais, a 1 reservada para a alimentação, a 2 para a ligação dos componentes electrónicos e a 3 que divide a placa ao meio. A comunicação entre as perfurações faz-se de acordo com o que podemos ver através das linhas pretas, não havendo, portanto comunicação entre as duas partes da placa. Para que estas comuniquem, é necessário uni-las através de wire jumpers ou de circuitos integrados. Estes devem ficar no meio da placa, com metade dos contactos de um lado e a outra metade do outro.
Para usar a placa, basta inserir os contactos dos componentes nos buracos e alimentar a placa. O pólo positivo da bateria deve ser ligado à linha vermelha da zona 1 da placa, enquanto o pólo negativo deve ser ligado à linha azul, de forma a ficar bem clara a distinção entre ambos, evitando-se os curto-circuitos.
Wire Jumpers
Utilizam-se para ligar temporariamente componentes electrónicos numa breadboard. Vendem-se com tamanhos estipulados e as duas pontas descarnadas e dobradas a 90º.
à(s) 17:51
Componentes electrónicos usados em Wearable Technology Etiquetas: tecnologia, wearable technology | 0 comentários»
Aqui estão listados e definidos brevemente os principais componentes electrónicos usados na construção de projectos de Wearable Technology.
Resistências de Valor Fixo
Servem para limitar a corrente eléctrica e dividir a voltagem. São constituídas por um núcleo cilíndrico e dois contactos não polarizados (sem lado positivo e negativo). Há que ter em conta o valor da resistência e o da potência. O valor da resistência é definido em ohms (Ω), e apresentado simbolicamente por quatro bandas de cor impressas no núcleo, como vemos na Figura 42. O valor da potência é medido em watts (W) e indica a potência máxima que pode ser aplicada no componente sem o estragar.
No caso da Figura, o primeiro valor é 2, o segundo é 6 e o multiplicador é 10, pelo que a resistência é de 260 ohms (26 x 10 = 260), com uma tolerância de ±5%.
Resistências variáveis
Semelhantes às resistências de valor fixo, diferem por terem uma amplitude predefinida de resistência que pode ser ajustada manual ou automaticamente. Além da resistência máxima e da potência, há ainda que notar a voltagem em volts (V). Existem diferentes tipos de resistências variáveis, os sensores flexíveis (A), as foto-células (B), os potenciómetros (C) e os termístores (D). Os primeiros aumentam a resistência quando dobrados e os segundos, costumam diminuir a resistência quando a luz aumenta, mas também há os que aumentem a resistência com o aumento da luz. Os potenciómetros têm três terminais. Os dois exteriores têm uma resistência fixa entre os dois, de 0 ao máximo predefinido pela resistência. O terminal do meio está ligado a um contacto eléctrico movível (wiper), que varia com a resistência. Por fim, os termístores variam a resistência de acordo com a variação da temperatura. Uns aumentam a resistência com o aumento da temperatura, outros fazem o inverso.
Condensadores
Funcionam como uma pequena bateria, capaz de guardar carga eléctrica. Trata-se de um dispositivo com placas condutivas separadas por um material isolador, chamado dieléctrico. Os tipos mais comuns desse material são a mica, cerâmica, película de plástico, electrólitos.
Os condensadores de electrólitos parecem pequenos barris e são polarizados, possuindo um contacto positivo e outro negativo. Tal como a resistência, é preciso ter em conta o valor da potência. Além disso, tem um valor de capacitância medido em farads, que está impresso no dispositivo e lê-se como se vê na figura.
Interruptores
Servem para fechar ou abrir circuitos eléctricos. Podem controlar um ou dois circuitos ao mesmo tempo, conforme tenham um ou dois braços movíveis que abrem e fecham os circuitos. E podem ter uma ou duas posições em que estão fechados. Além disso, existem interruptores que estão normalmente fechados e outros que estão normalmente abertos, ou seja, que é essa a sua posição inicial.
Existem vários tipos de interruptores, sendo eles magnéticos, botões, de inclinação, reed switches, toggle switches e whisker ou trip switches.
Os magnéticos abrem ou fecham o circuito quando as duas partes que os constituem são atraídas uma para a outra.
Os botões, abrem ou fecham o circuito ao serem pressionados, enquanto os interruptores de inclinação o fazem quando inclinados em certo ângulo.
Quanto aos reed switches, estes possuem duas hastes magnéticas que são atraídas uma para a outra na presença de um íman, fechando o circuito.
Já os toggle switches têm uma pega saliente, que permite abrir e fechar circuitos mecanicamente, ao movê-la.
Por último, os trip switches são constituídos por um cabo muito fino que sai do componente e, ao ser tocado levemente, abre ou fecha o circuito.
Díodos
Semicondutor que apenas deixa a corrente passar num sentido, para proteger dos picos de corrente. Por vezes são também usados como interruptores sensíveis à voltagem. São polarizados e existem vários tipos, sendo mais comuns os de silicone. Há que considerar a voltagem e a corrente máximas.
Circuitos integrados
Existe uma variedade muito grande de circuitos integrados, capazes de executar diversas funções. São dispositivos feitos de material semicondutor, que contém transístores e outros componentes electrónicos. Geralmente, existem vários contactos que devem ser ligados a outros componentes num circuito.
Transístores
Semicondutor com três contactos, o emissor, a base e o receptor. Tem como função permitir ou restringir o fluxo da corrente, como um interruptor. A diferença está no facto da decisão de abrir ou fechar o circuito está na corrente eléctrica e não no movimento manual. Também costumam ser usados para amplificar a corrente. Existem transístores bipolares e FETs (field-effect transistors). Estes são também conhecidos como portão, fonte ou dreno. Os bipolares podem ser naturalmente abertos ou fechados, como os interruptores.
à(s) 16:52
Materiais dinâmicos e reactivos Etiquetas: tecnologia, wearable technology | 0 comentários»
A informação e as imagens deste post foram retiradas do livro Fashioning Technology, de Syuzzi Pakhchyan.
Materiais que têm na sua composição pó fosforescente, de tal forma, que quando é aplicada uma pequena voltagem de corrente, emitem uma luz brilhante. A película e o cabo electroluminescente usam corrente alternada, que pode ser invertida para corrente contínua, com um inversor.
Estes materiais servem para criar uma luz de fundo, para efeitos decorativos.
Fibra óptica
São cabos de plástico ou vidro, com a capacidade de deixar passar a luz de uma ponta até à outra. Os cabos são muito finos, flexíveis e leves, podendo usar-se vários ao mesmo tempo. Podem ser cosidos na roupa e mudam o ambiente luminoso de um projecto. Servem para trazer a luz do sol para um ambiente interior, por exemplo.
Tubos que encolhem com o calor
Tubos plásticos de cores variadas, que isolam cabos e componentes electrónicos, encolhendo e adaptando-se à forma destes, quando aquecidos.
Tinta magnética
Tinta com partículas magnéticas que confere a propriedade de atrair ímanes ao material pintado. Podem pintar-se todos os materiais com esta tinta.
Materiais fosforescentes
Tintas que absorvem os raios UV da luz solar, durante o dia, o que os faz brilhar no escuro depois.
Materiais sensíveis à temperatura ou aos raios UV (alguns tipos de luz, como a do sol e luz negra)
Pigmentos que necessitam de ser dissolvidos em tintas apropriadas antes de serem usados para pintar qualquer superfície. Ambos alteram a sua cor, quando expostos às características que os fazem variar.
Ou seja, os materiais sensíveis aos raios UV, apenas são visíveis quando expostos a esses tipos de luz, voltando a ser invisíveis quando a luz é retirada. Podem, contudo, ser misturados a tintas normais, tornando-se sempre visíveis e permitindo uma maior variação de cores. Os materiais sensíveis à temperatura alteram a sua cor ou mudam para transparentes, de acordo com a temperatura. Existem três tipos principais destes pigmentos, os que reagem ao calor, os que reagem ao frio e os que reagem ao toque, ao hálito e ao calor corporal.
Plástico polimórfico
Plástico que se torna moldável à mão quando aquecido aos 62º C, voltando a ser rígido quando arrefece. Depois de arrefecer, pode voltar a aquecer-se sempre que se quiser, para moldar novamente.
Para aquecer basta colocá-lo de molho em água quente ou aquecer com o secador do cabelo. Existe em muitas cores diferentes e é um óptimo material para criar protótipos, moldes e qualquer outra forma em três dimensões.
Liga com memória de forma (SMA – Shape Memory Alloy or Muscle Wire)
Metais que se lembram da sua forma original. Quando são aquecidos encolhem, voltando à forma anterior ao arrefecer. Podem ser usados em tecidos, para fazê-los encolher ou encurvar com a aplicação de uma pequena corrente eléctrica.
Células Solares
Convertem a energia da luz (solar) em energia eléctrica, servindo como fonte de energia para vários projectos. Funciona como um sensor de luz, distinguindo as variações da luz.
à(s) 03:19
Materiais condutores para uso em Wearable Technology Etiquetas: tecnologia, wearable technology | 0 comentários»
Tecidos
Têm as mesmas características dos tecidos convencionais, sendo suaves, flexíveis e duráveis. Podem ser vestidos, cosidos, e alguns podem ser lavados. São muito úteis para criar circuitos wearable e têm uma resistência variável.
Linha
Cria um caminho para a corrente eléctrica ir de um ponto a outro, como os cabos eléctricos, mas é flexível e pode ser usada para coser, fazer malha e bordar, por exemplo. São ideais para criar circuitos suaves e têm também uma resistência variável80.
Quanto maior for a resistência do material, menos bateria se gasta ao longo do tempo, mas menor pode ser o comprimento do circuito com uma mesma fonte de alimentação. As linhas anti-estáticas têm uma resistência demasiado elevada, Leah Buechley refere uma linha desse tipo que tinha uma resistência de 1 mega-ohm por polegada. Segundo a autora, uma linha com boa condutividade tem cerca de 2.5 ohms por polegada, de resistência. Uma resistência ainda aceitável é de cerca de 25 ohms por polegada.
à(s) 03:10
Outros projectos de Leah Buechley Etiquetas: wearable technology | 0 comentários»
Tank Top possui uma matriz de LEDs que ocupa tanto a parte da frente como a parte de trás da t-shirt, controlada por um micro-controlador. A matriz pode apresentar inúmeras configurações animadas de LEDs a piscar. Como os LEDs são muito pequenos, a uma certa distância criam formas gráficas que ganham “movimento” à medida que os LEDs se acendem e apagam. Este projecto pode ser controlado por um botão que apresenta uma animação para cada posição, por um PDA com software próprio, que envia uma animação por Bluetooth ou generativamente através do Jogo da Vida de Conway.
Deixo-vos um vídeo com uma entrevista a Leah Buechley. O início e o fim do vídeo estão no que penso ser alemão, por isso, se como eu não perceberem ignorem. A entrevista é toda falada em inglês.
à(s) 02:22
Projectos relacionados com a utilização de LEDs Etiquetas: tecnologia, wearable technology | 0 comentários»
A utilização de LEDs nos projectos artísticos analisados anteriormente surge com o intuito de sinalizar, de chamar a atenção para alguma coisa. O LED é usado apenas pela sua capacidade de emitir luz, visando alertar os participantes e os espectadores para o cumprimento do objectivo daquela peça.
No caso de 802.11 Apparel – Wifi Jacket, de Jenny Chowdhury, o objectivo do casaco era encontrar e sinalizar ondas wi-fi.
à(s) 02:08
LEDs (light-emitting diodes) Etiquetas: tecnologia | 1 comentários»
Características dos LEDs
Os LEDs têm algumas particularidades a não esquecer, são polarizados, pelo que o contacto positivo do LED (ânodo), geralmente o mais comprido, deve ser ligado ao pólo positivo da bateria, enquanto o contacto negativo (cátodo), normalmente o mais curto, deve ser ligado ao pólo positivo. No caso da ligação ser feita ao contrário, o LED não se estraga, simplesmente não acende. Além disso, estes dispositivos precisam de uma quantidade adequada e predefinida de voltagem e fluxo de corrente provida por uma bateria, de forma a acender. A voltagem dos LEDs é diferente consoante a cor do LED. Geralmente, os LEDs vermelhos, verdes e amarelos precisam de uma voltagem entre os 2.2V e os 2.4V, enquanto os azuis e os brancos brilhantes necessitam de mais do que 3.4V. No que respeita ao fluxo de corrente, a maioria dos LEDs precisam apenas de 20mAh, pelo que é sempre necessário ligar uma resistência entre a bateria e o LED.
Informações a ter em conta antes de comprar um LED
Na embalagem dos LEDs usualmente surgem informações sobre a voltagem mínima requerida para que o LED funcione, embora seja preferível que a bateria tenha uma voltagem um pouco superior. Esta propriedade é conhecida como Forward Voltage (VF) ou Forward Voltage Drop. A corrente de que o LED precisa é também indicada como Forward Current (IF). Por outro lado, a embalagem fornece ainda informações sobre as características do próprio LED, respeitantes à sua intensidade luminosa (Iv) e ao ângulo de visão. Quanto maior for o ângulo de visão, mais difuso é o foco de luz emitido pelo LED, enquanto que um ângulo de visão menor resulta num foco mais direccionado.
Os LEDs standard são os que temos vindo a ver até agora. Têm dois contactos, o positivo e negativo e existem em várias cores, formas e tamanhos. Os tamanhos variam entre 3mm a 10mm e as cores mais usuais são o vermelho, laranja, amarelo, âmbar, verde, turquesa, azul e branco e existindo ainda os rosa e violeta. A intensidade luminosa e o ângulo de visão são também variáveis, sendo que o preço do LED aumenta de acordo com o aumento destas duas características.
Os LEDs que piscam, ou Blinking/Flashing LEDs são idênticos aos LEDs standard, mas têm um circuito integrado incorporado, que fazem com que o LED se acenda e apague em intervalos predeterminados de tempo. Não precisam de uma resistência.
Os LED bicolor e os RGB (Red, Green, Blue) têm dois ou três LEDs respectivamente, dentro da mesma cápsula. Os bicolor têm três contactos, partilhando o contacto positivo ou o negativo. Porém, normalmente, nestes LEDs só um deles acende de cada vez. Já nos LEDs RGB, é possível acender os três em simultâneo, criando variações de cor. Estes possuem quatro contactos, partilhando também o positivo ou o negativo. Normalmente, estes LEDs são programados para alternar de cor, usando um micro-controlador.
Por seu lado, os LEDs ultravioleta também emitem uma luz invisível, muito perigosa aos olhos, pelo que não podem ser usados sem uns óculos de protecção contra esta radiação. Fazem os objectos fluorescentes e fosforescentes brilhar quando incidem neles a sua radiação.
Finalmente, os LEDs Piranha (High-Flux LEDs) são LEDs de pequenas dimensões muito bons para projectos wearable. Têm quatro contactos do mesmo tamanho, dois positivos e dois negativos, sendo necessário ver as especificações ou testar, para distinguir a polaridade. Estão disponíveis em várias cores, intensidades, ângulos de visão e tamanhos. Todavia, quase todos são mais brilhantes do que os LEDs standard.
Os SMD LEDs (Surface Mount Device LEDs) são ainda mais pequenos, tão pequenos que se tornam difíceis de manusear. Possuem dois contactos, um positivo e outro negativo, distinguíveis através da seta ou linha verde na parte de trás, que aponta para o lado negativo. Mais uma vez existem em vários tamanhos, cores, intensidades e ângulos de visão.
à(s) 01:43
Xbee, Xbee Shield e LilyPad Xbee Etiquetas: arduino, tecnologia | 0 comentários»
Há mais do que uma versão deste hardware, variando a distância a que um Xbee detecta e comunica com o outro.
Figura 1 – Xbee Shield e Xbee Pro.
Para que o Xbee seja simples de ligar ao Arduino, foi criada uma placa própria, Xbee Shield, que encaixa perfeitamente no Arduino, replicando os contactos que cobre, para que continuem a poder utilizar-se. Qualquer uma das versões do Xbee encaixa posteriormente na placa. Assim, basta colocar a placa no modo USB para que seja possível fazer upload de código para o Arduino, alterando-se de seguida para o modo Xbee, de forma que os dois dispositivos comuniquem entre si.
Figura 2 – LilyPad Xbee sem um Xbee ligado.
Para o LilyPad foi também criada, muito recentemente, por Rob Faludi e Kate Hartman, uma versão especial própria para encaixar um Xbee na placa do LilyPad, o LilyPad Xbee. Usando esta nova placa, não se perdem os contactos próprios do LilyPad, ao contrário do que aconteceria se se ligasse um Xbee como se liga qualquer outro dispositivo ao Lilypad (ver post LilyPad), que podem então ser usados para outros fins. Contudo, os contactos mudam um pouco de configuração e algumas funções são também alteradas, como podemos ver aqui.
à(s) 01:30
LilyPad Etiquetas: arduino, tecnologia | 0 comentários»
Começo por falar sobre o LilyPad Arduino, uma adaptação do Arduino convencional, já aqui referido, especialmente para a aplicação em tecidos e vestuário criado por Leah Buechley. É muito fino e pequeno (3mm de espessura e 50mm de diâmetro), mantendo quase todas as características do Arduino Diecimila, excepto a voltagem de alimentação permitida e o clock speed, que são menores.
Além disso, é lavável. Para cosê-lo a qualquer tecido, basta fazer passar a agulha com linha condutora pelos seus buracos várias vezes, de forma a obter uma ligação resistente. Contudo, deve ser cosido o mais próximo possível da fonte de alimentação, caso contrário, com a resistência da linha condutora, a electricidade da fonte de alimentação não será suficiente, levando o LilyPad a fazer reset inesperadamente. Contar ainda com o facto da linha condutora se tornar mais resistente à medida que se vai degradando.
Características do LilyPad Arduino
Micro-controlador: ATmega168
Voltagem de Funcionamento: 2.7 - 5.5V
Voltagem de entrada: 2.7 - 5.5V
Pins de entrada Digitais I/O: 14 (dos quais 6 fornecem saídas PWM)
Pins de entrada Analógicos: 6
Corrente continua por Pin I/O: 40 mA
Memória Flash: 16 KB (dos quais 2 KB são usados para bootloader)
SRAM: 1 KB
EEPROM: 512 bytes
Clock Speed: 8 MHz
Por não ter nenhuma ligação USB nem power jacket, são necessários alguns acessórios para alimentá-lo e ligá-lo ao computador ou a outros dispositivos.
Para alimentá-lo deve ligar-se uma fonte de alimentação com o máximo de 5.5V no contacto positivo do LilyPad, o ground da placa deve ser ligado ao pólo negativo da fonte de alimentação. Há que ter em atenção que se a potência for excedida ou a polaridade invertida, o dispositivo vai ser irremediavelmente estragado. Os contactos TX e RX servem para trocar informações com o computador ou comunicar com outros dispositivos.
Existe mais do que uma forma de ligá-lo ao computador, com o intuito de transferir dados ou alimentá-lo via USB. Pode comprar-se o acessório de USB criado especialmente para o efeito (Figura 2), ou usar um adaptador USB do Arduino (Figura 3), soldando os contactos positivo, negativo, tx e rx do adaptador a um jumper cable e ligando a outra ponta do cabo aos mesmos contactos do LilyPad.
Figura 3 – Ligação do LilyPad por USB através do adaptador USB do Arduino.
No caso de já se ter um Arduino convencional, é possível usá-lo para o mesmo efeito (Figura 4). Basta remover o ATmega168 e usar “crocodilos” e jumper wires para ligar os quatro contactos do LilyPad aos correspondentes do Arduino, como no exemplo anterior, ligando então o Arduino ao computador por USB.
Figura 4 – Ligação do LilyPad por USB através de um Arduino convencional.
Existem ainda outros acessórios próprios para utilizar em conjunto com o LilyPad, como LEDs, sensores, dispositivos Bluetooth, botões, suportes para fontes de alimentação, entre muitos outros. Porém, podem usar-se componentes electrónicos normais em vez dos já preparados para o LilyPad. A forma de conectar os componentes é semelhante à já descrita.
Depois de terminadas as ligações físicas, há que fazer upload dos códigos construídos no software Arduino para o LilyPad. Para isso, escreve-se o código, compila-se e escolhe-se a porta série adequada. Depois, pressiona-se o botão reset do próprio LilyPad, carregando no botão de upload no software, logo de seguida. Estes dois passos devem ser feitos rapidamente.
à(s) 00:56
Vídeo da Hug Shirt a ser experimentada Etiquetas: wearable technology | 0 comentários»
quinta-feira, 20 de novembro de 2008 à(s) 03:03
Caracterização da ideia - II Etiquetas: ideia, processo de trabalho | 1 comentários»
T-shirt – Identidade Visual – Comunicação – Wearable Technology
Sinopse
Procura-se tirar partido das wearable technologies, particularmente das tecnologias digitais e electrónicas, para criar um projecto artístico. A t-shirt, encarada como um elemento importante na construção da nossa identidade visual, vê, neste trabalho, potenciada a sua capacidade de reflectir visualmente a identidade de quem a veste. Por isso, quando essa identidade é trocada com outros, conduz-se ao diálogo. Provocado por esse acontecimento original, que alarga a possibilidade de verificar compatibilidades e incompatibilidades entre os participantes.
Apresentação da ideia/projecto
Este projecto pretende levar as pessoas a expressarem mais conscientemente a sua identidade visual, através da escolha de uma t-shirt com tecnologia digital e electrónica incorporada. Cada t-shirt apresenta não apenas uma imagem gráfica, mas uma animação (construída visualmente com uma matriz de LEDs, e portanto luminosa), na parte da frente, que pode ser alterada dinamicamente. Essa animação está inserida num elemento gráfico maior, uma imagem fixa também na frente da t-shirt.
Ao escolher uma t-shirt em vez de outra, a pessoa está a mostrar a sua preferência, a optar por uma t-shirt que irá causar a primeira impressão que os outros terão de si, enquanto a tiver vestida. A animação que está nessa t-shirt identifica a pessoa, faz parte da sua identidade visual.
Quando duas pessoas com t-shirts deste projecto se cruzarem, as suas identidades visuais animadas trocam, fazendo com que cada pessoa veja incorporada na sua t-shirt a identidade visual do outro e vice-versa. Como é somente a parte animada da t-shirt que se altera entre as duas t-shirts, a identidade visual do outro insere-se melhor ou pior no restante aspecto gráfico da t-shirt. Isso permite às pessoas observar as compatibilidades e incompatibilidades existentes entre si, conduzindo possivelmente ao diálogo.
A troca de identidades é temporária, sendo que, passado algum tempo, cada um volta a exibir a sua própria identidade, mantendo a sua capacidade de a voltar a trocá-la com outros.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008 à(s) 23:41
Evolução do papel da T-shirt na sociedade e na arte Etiquetas: processo de trabalho | 0 comentários»
Hoje, a t-shirt é a peça de vestuário fundamental, eleita para o vestir quotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo”[1]
Marlon Brando, John Wayne e James Dean foram algumas das estrelas dos anos 50 a chocar o mundo por aparecerem em filmes de t-shirt, ainda considerada como roupa interior.[2] No filme Rebel Without A Cause (1955), James Dean conseguiu associar a t-shirt à rebeldia da juventude.[3] Sendo que, nos anos 60, a t-shirt era já vista como um símbolo de individualidade, criando-se as várias variantes da t-shirt como os diversos tipos de tops.[4]
Nos anos 70, começou a ser consumida em massa, por ser uma peça de vestuário muito barata e versátil.[5] As marcas usaram-na para aplicar os seus logótipos e os desportistas para treinar.[6] A partir dos anos 80, os estilistas de alta-costura, como Armani e Calvin Klein, adoptaram a t-shirt nas suas colecções, ganhando fortunas ao fazê-lo.[7] Além disso, a t-shirt passou a ser usada como material para a transmissão de mensagens sociais, políticas e de protesto.[8]
A partir daí, a popularidade das t-shirts foi crescendo sempre, sendo uma peça usada numa grande multiplicidade de situações, tanto por raparigas como por rapazes.[9] Está intimamente ligada ao desporto, tal como está ao estilo mais descontraído, sem deixar de fazer parte da colecção de estilista de renome.Actualmente, as t-shirts reúnem à sua volta uma grande quantidade de pessoas que gosta tanto de vesti-las como de criar o seu aspecto gráfico. Usam-nas como uma tela onde criam o seu trabalho artístico. Dessa forma, têm o gosto de ver a t-shirt criada ser escolhida e vestida pelos outros, passando de certa maneira a fazer parte deles e andando pelo mundo a divulgar o seu trabalho. “Hay un paso entre gustarte algo y hacerlo parte de ti mismo, y creo que las camisetas son capaces de dar esse paso.”[10], diz Elena Gallen na sua entrevista para o livro de Louis Bou.
[1,10] BOU, Louis – Street T camisetas. Barcelona: Instituto Monsa de Ediciones, 2008, p.9,10;
[2-9] DAVIS, Johnny – SHOWstudio/Play: And all I got is this lousy T-shirt. In: http://www.showstudio.com/projects/tsh/tsh_text.html
à(s) 23:13
Mais Projectos de Wearable Technology Etiquetas: wearable technology | 0 comentários»
à(s) 21:24
Projectos de Wearable Technology do Studio 5050 Etiquetas: wearable technology | 0 comentários»
Por seu lado, LoveJackets reflecte já uma outra abordagem, que implica proximidade, mas não necessariamente contacto físico. Este trabalho pode salientar a todos os presentes o amor ou amizade que une duas pessoas, tal como pode aproximar dois desconhecidos, levando-os a comunicar entre si. Cada casaco tem um par único e, quando se reconhecem, emitem um som e os LEDs piscam, revelando-o.
à(s) 21:17
Projectos de Wearable Technology da CuteCircuit Etiquetas: wearable technology | 0 comentários»
Projectos de vestuário da CuteCircuit, que pretendem obter uma peça de roupa que permita ao público feminino, alterá-la ao longo do dia. Essa transformação dá-se conforme a disposição da mulher.
O vestido Mystique procura reflectir as mudanças que se dão ao longo de um dia ou de uma noite de festa. Inicialmente, a mulher sente-se mais reservada, apresentando um vestido cinza pelo joelho. À medida que o tempo passa, vai-se sentindo mais à vontade no espaço onde se encontra, realçando a sua própria sensualidade e glamour. O vestido vai-se desdobrando, tornando-se cada vez mais comprido e revelando a sua outra cor, vermelho vivo. Este projecto pretende ainda levar as mulheres a usar vestidos realmente compridos, realçando-se sem culpas, uma vez que estas transformações (que ocorrem em quatro fases) se processam de modo automático. O vestido encontra-se dobrado, com o lado cinzento do tecido por fora. Do lado vermelho existem ímanes e peças metálicas que fazem com que o vestido permaneça dobrado. À medida que o tempo passa, os ímanes são desligados, soltando as peças metálicas e o tecido começa a descer, desdobrando-se e revelando o seu lado vermelho.
à(s) 18:54
O papel do vestuário na sociedade Etiquetas: processo de trabalho | 0 comentários»
De uma forma subtil e nem sempre consciente, a escolha de uma determinada peça de roupa revela bastante sobre as preferências de uma pessoa e, por isso, sobre a sua identidade. A indumentária é um “cartão de visita”, introduz e dá aos outros uma primeira impressão, sem necessidade de mais nada que não seja escolhê-la e vesti-la. O vestuário pode juntar pessoas, unindo-as numa causa (campanhas políticas, manifestações) ou numa filosofia de vida (hippies, betos, góticos, etc.), por exemplo. Tende a afastar pessoas desconhecidas com gostos muito diferentes, por se subentender que não deve existir grande afinidade entre elas, mesmo noutros âmbitos.
à(s) 18:38
Experiências visuais com T-shirt e "LEDs" - Simulação Etiquetas: processo de trabalho | 2 comentários»
Para tornar a experiência mais realista, comprei umas luzes de Natal feitas de LEDs, todos da mesma cor e dispu-las num cartão.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008 à(s) 01:48